quarta-feira, 11 de julho de 2007

Aquecimento Global



Aquecimento Global

Hoje foi apresentado o mais alarmante relatório da ONU sobre o Aquecimento Global que comprovou aquilo que já sabiamos: os furacões, tornados, maremotos, ondas de calor e frio é culpa nossa. As seis maiores pragas do Aquecimento Global são essas:
1. O Ártico está derretendo
A cobertura de gelo da região no verão diminuiu ao ritmo constante de 8% ao ano há três décadas. Em 2005, a camada de gelo foi 20% menor em relação à de 1979, uma redução de 1,3 milhão de quilômetros quadrados, o equivalente à soma dos territórios da França, da Alemanha e do Reino Unido. No entanto, no Hemisfério Sul, durante os últimos 35 anos, o derretimento apenas aconteceu em cerca de 2% da Antártida; nos restantes 98%, houve um esfriamento e a IPPC estima que a massa da neve deverá aumentar durante este século. É de notar igualmente que no período quente da Idade Média também não havia gelo no Ártico e havia quintas dos Viking na
Gronelândia.
2. Os furacões estão cada vez mais fortes
Devido ao aquecimento das águas, a ocorrência de furacões das categorias 4 e 5 (os mais intensos da escala), dobrou nos últimos 35 anos.
3. O Brasil na rota dos furacões
O litoral sul do Brasil foi varrido por um forte furacão em 2004 (Furacão Catarina).
4. O nível do mar subiu
A elevação desde o início do século passado está entre 10 e 25 centímetros. Em certas áreas litorâneas, como algumas ilhas do Pacífico, isso significou um avanço de 100 metros na maré alta. Actualmente (Setembro de 2006), o painel intergovernamental de mudança climática estima que o nível das águas poderá subir entre 14 e 43 cm até o fim deste século. Estudos recentes parecem indicar que, contrariamente ao que antes se pensava, o aumento das taxas de CO2 na atmosfera não está a provocar nenhuma aceleração na taxa de subida do nível do mar
[veja].
5. Os desertos avançam
O total de áreas atingidas por secas dobrou em trinta anos. Um quarto da superfície do planeta é agora de deserto. Só na China, as áreas desérticas avançam 10.000 quilômetros quadrados por ano, o equivalente ao território do Líbano.
6. Já se contam os mortos
A Organização das Nações Unidas estima que 150.000 pessoas morrem anualmente por causa de secas, inundações e outros fatores relacionados diretamente ao aquecimento global. Estima-se que em 2030, o número dobrará.
DANIELA FERNANDESda BBC Brasil, em Paris
O relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC, em inglês) da Organização das Nações Unidas (ONU) culpa a ação do homem pelo aquecimento global e prevê um cenário de catástrofe ambiental.
“Concentrações de dióxido de carbono (CO2), metano e óxido nitroso aumentaram notavelmente como resultado das atividades humanas desde 1750, e agora excedem, em muito, os valores (anteriores)”, diz o relatório.
“Os aumentos globais na concentração de dióxido de carbono se devem, sobretudo, ao uso de combustíveis fósseis e mudanças no manejo da terra, enquanto o aumento de metano e óxido nitroso se deve primordialmente à agricultura.”
As conclusões estão descritas no “Resumo para os Formuladores de Políticas”, que integra a primeira parte do relatório “Mudanças Climáticas 2007″.
O documento diz que, até o fim deste século, a temperatura da Terra pode subir de 1,8ºC – na melhor das hipóteses – até 4ºC.
O derretimento das camadas polares deve fazer com que os oceanos se elevem entre 18 cm e 58 cm até 2100, dizem os cientistas. Além disso, tufões e secas devem se tornar mais intensos.
Referência
Durante toda a semana, mais de 500 cientistas e representantes governamentais se reuniram a portas fechadas na sede da Unesco, em Paris, para concluir e aprovar o texto sobre as constatações científicas em relação ao aquecimento global.
As conclusões estavam sendo bastante esperadas porque servirão como referência para toda a comunidade científica mundial. O texto foi discutido linha por linha pelos participantes da reunião em Paris.
Os especialistas debateram, por exemplo, a terminologia para designar o grau de responsabilidade da ação humana no aquecimento global.
Alguns preferiam utilizar o termo “inequívoca”, outros preferiam a expressão “além de qualquer dúvida razoável”.
Ao final, os cientistas concluíram que há 90% de chance de o aquecimento global observado nos últimos 50 anos ter sido causado pela atividade humana.
É um aumento expressivo em relação ao último relatório, de 2001, que apontava uma probabilidade de 66%.
O co-presidente do IPCC, Achim Steiner, disse que o documento “acaba com as interrogações” em relação à ação do homem no aquecimento global.
Kyoto
O presidente do IPCC, Rajendra Pachauri, disse esperar “que este relatório deixe as pessoas chocadas e leve os governos a agirem com mais seriedade”.
Este é o quarto relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas, criado em 1988 pela Organização Meteorológica Mundial e pelo Programa da ONU para o Meio Ambiente para avaliar as informações científicas e sócio-econômicas sobre o aquecimento global.
O relatório anterior, de 1995, serviu de base para a elaboração do Protocolo de Kyoto, que dois anos depois impôs aos países desenvolvidos uma meta de reduzir em 5,2% as emissões de gases de efeito estufa até 2012.
Prevê-se que o quarto relatório do IPCC sirva como referência para o “pós-Kyoto”, ou seja, para o compromisso dos países após 2012, quando expira o atual protocolo.
O tema será um dos assuntos centrais da reunião da ONU em Bali, na Indonésia, em dezembro próximo.
O texto integral do quarto relatório “Mudanças Climáticas 2007″ totalizará cerca de 900 páginas e será divulgado por partes até novembro deste ano.
Ainda serão divulgados estudos sobre o impacto das mudanças climáticas e sobre as formas de controle das emissões de gases de efeito estufa.


Texto: Luan Borges - 02 de fevereiro de 2007




Um comentário:

Angélica Freire disse...

O texto selecionado é interessante e problematizador, para que a leitura seja mais facilitada sugiro que vocês modifiquem a cor da fonte.
Angélica Freire.